quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Amor é frágil ou nós que somos frágeis para o Amor?

Fragilidade. Essa palavra resume tudo. Resume os anos em que medediquei com Amor infinito sem reciprocidade. Reflete bem as minhas relações que se acabaram sem motivo aparente. Reconhece em mim a minha própria alma, fragilizada. Para não dizer destroçada, ferida, magoada. Lembram-se do príncipe encantado que depois vi que era um sapo e contei aqui? Pois é, sapos também se casam. Os traidores, os mentirosos, os egoístas, os falsos, os rebeldes, os ridículos, os que somem do nada, eles também se casam - mesmo que eu não ache justo. Como também não acho justo me sentir assim tão magoada, tão infeliz e tão mal-amada nesse sentido. Então sem querer fico pensando se Deus brinca com essas coisas do coração ou se eu vivi uma vida passada, que devo ter sido muito vagabunda para sofrer tanto nesta vida. O fardo, definitivamente, não é leve. Não consigo suportar e dói mais do que eu pudesse imaginar. Fico querendo que Deus me explique os motivos de ver as alianças nas mãos dos meus exs, por ver uma alegria contagiante em fotos e mensagens tão doces tão doces tão doces que se fosse um algodão-doce teria derretido. Chega a ser piegas. Como não sei o que é amar de verdade há muito tempo perdi essa coisa meio infantil, que beira ao ridículo. Ao mesmo tempo fico tentando entender meus sentimentos tão confusos de mágoa, raiva, inveja, dor. É como se eu tivesse sido abandonada, trocada e relegada à um último plano. Como se não merecesse sequer uma lembrança da pessoa que um dia fui e representei na vida de alguém. E será que houve mesmo alguém que tivesse sentido esse amor que tenho por dentro? Ou será que foi justamente o excesso qu sufocou e os fez afastar de mim? Mas como diz minha terapeuta: é difícil, é doloroso,mas pelo menos foram todos de uma vez. Um a um colocando uma aliança na mão de outra mulher e espalhando um sentimento de felicidade estonteante típica dos casais apaixonados. Então não sei...acho que me falta um certo amor-próprio, uma certa valorização. Mas como me valorizar e achar que sou tudo o que penso que sou se estou só? Se na hora de ir pra cama o travesseiro ao lado está vazio? Como gostar da minha própria companhia quando minha mente teima em me mostrar como fui incapaz de amar e fazer alguém se sentir amado. Como foi frustrada a minha tentativa de fazer alguém se apaixonar por mim, uma mulher determinada, que trabalha, que estuda, que tem vida própria, que é engraçada, que não bebe nem fuma, que é de família, que vai pra igreja...Pra quê? Sou uma desajustada nessa sociedade louca. Ou será que a louca sou eu? Loucura, insensatez, dúvidas, faz parte. Vou colcocar meu coração no gelo para libertar a minha alma. Talvez assim eu encontre um pouco de paz e de Amar de mim para eu mesma. Vou me apegar ao trabalho com todas as forças até que essas imagens, esses flashes que me lembram da minha incapacidade como mulher, saiam da minha cabeça e, definitivamente, não façam mais parte do meu coração, da minha vida! Fragilidade. É esse o nome de um insensato coração...como o meu.

Um comentário:

  1. Relato emocionante encontrei por acaso
    e ate compartilhei Em um grupo do FB.
    como o relato é de 2011.
    Espero de coração que tenha superado essas dificuldades e dores...

    fica convite para os grupos do fb...

    https://www.facebook.com/groups/tdah.brasil
    https://www.facebook.com/groups/eutenhotdah
    https://www.facebook.com/groups/eusoudda

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